quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Indicações para o feriado


Eu sou brasileira e não, eu não gosto de carnaval. Embora eu goste de alguns "regionalismo" da minha "terra",  que é Goiás,tipo arroz com pequi (amo/sou), pão de queijo, pamonha e etc, essa alegria contagiante de carnaval e futebol não me animam nem um pouco.
E é por isso que se você é assim como eu e está sem absolutamente nada para fazer nesse "feriadão", ou quer fazer algo mais que comer e dormir, abaixo eu listo algumas indicações de blogs e vlogs que falam sobre livros, filmes e feminismo e que podem contagiar mais que o samba no pé.

Então comecemos...

Livros

Não é segredo para ninguém que tenho verdadeira paixão por literatura. Então sempre procuro por blogs e vídeos que oferecem indicações bacanas de livros. Nessas andanças pela rede descobri esses canais no youtube que são sensacionais:


  •   Canal da Tatiana Feltrin, o Tiny Lilttle Things: A Tatiana é bem antiga no ramo dos vlogs, e nesse ela, além de falar sobre literatura em geral, sobre seus livros preferidos, suas leituras da semana, ela indica ótimos títulos para quem gosta de ler. Vale a pena


  •  Canal da Claire Scorzi:  eu descobri esse canal por intermédio da Michelle Henriques, que fazia parte do blog Dose Literária (que também é bem bacana) e agora é dona do "...In a Handful of Dust" (que é lindo também. A Michelle escreve muito bem). A Claire é bibliotecária,  apaixonada e profunda conhecedora de literatura, as suas explicações e a forma como ela fala sobre livros te faz sentir vontade de mergulhar naquela leitura de cabeça e mais que isso, te faz desejar ter tido a Claire como professora de literatura na escola.A série de vídeo que ela criou, incentivando a leitura dos clássicos da literatura, realmente nos faz perder um pouco desse medo terrível que temos de ler esse tipo de livro. Para conhecer de literatura, esse canal é perfeito.


Vintage/Retrô


O "universo" de moda, decoração e etc, vintage/retrô sempre me atraiu muito. Eu amo os cabelos, a maquiagem, as roupas, os carros antigos e os blogs de meninas que seguem esse estilo me ajudam muito, tanto para compor meu estilo, quanto para saber um pouco mais sobre a história da moda em si.
Dos blogs e canais que eu mais gosto e que falam sobre esse tema estão:


  • Menina Maça: a Charlote, dona do blog, é  de Joinville e, há um tempinho (não sei ao certo quanto tempo), ela mantém esse diário belíssimo, em que fala sobre moda vintage, DIY, entre outras coisas que envolvem o universo retrô. Além disso ela mostra fotos de seus looks maravilhooooosos.



  • De Volta ao Retrô: Este blog é uma coisa linda. Ele fala sobre design, decoração e arte vintage, e é ideal para quem é designer e gosta de utilizar essa linha antiguinha em suas artes.



  • Glamour Daze: o glamour daze é um canal no youtube e é também um blog, que funciona como uma espécie de acervo de imagens e vídeos sobre moda, maquiagem vintage. No canal do youtube, inclusive tem uma vídeos de maquiagem de época incríveis. 


Feminismo


O feminismo é a minha formação político/ideológica, é o que me move nesse mundo doido e me dá esperanças. Assim dos blogs que mais gosto nessa temática estão:


  • Escreva Lola Escreva: este é até bastante famoso, a Lola é uma pessoa fantástica que além de sempre trazer textos excelentes e ótimas reflexões sobre feminismo, opressão e empoderamento, ela ainda faz ótimas críticas de filmes. Esse é mais que indicação é leitura obrigatória



  • Feminist Frequency: o Feminist Frequency é um canal mantido por Anita Sarkeesian, uma crítica de mídia americana, onde ela posta vídeos em que faz análises sobre diversos elementos da cultura pop e da "cultura de mídia" em geral, como video-games, livros, filmes, focando essencialmente sobre o papel que é legado à mulheres em cada um desses elementos. O canal é uma verdadeira aula de crítica de mídia e ótimo para que saibamos como nós mulheres somos retratadas de forma preconceituosa pela mídia.




É isso, espero que gostem, aproveitem o feriadão e me falem o que acharam das indicações.




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Livros: O Lado bom da Vida








Certa vez li em algum lugar que um livro entra em sua vida quando você precisa dele, ok de longe pode parecer delírios desse "povim" que vive com cabeça nos livros (e talvez seja mesmo), mas para mim essa máxima veio a calhar nesse momento da minha vida.
A história do livro centra-se na vida de Pat Peoples e seu processo de recuperação mental logo que ele sai de uma centro de tratamentos para de transtornos mentais, ou como ele mesmo chama "o lugar ruim".
Narrado em primeira pessoa, Pat vai ao longo das páginas construindo (ou desconstruindo?) sua vida para nós, a sua luta para reencontrar Nikki sua ex-esposa (que Pat ainda pensa ser atual), a tentativa de construir uma relação com seu pai, um apaixonado por futebol americano, e o encontro com Tiffany, uma também "desasjustada", por assim dizer.
O romance, de leitura leve, nos prende do ínicio ao fim de suas páginas, fazendo com que nos apaixonemos por Pat, por sua sensibilidade e por seu modo otimista de ver a vida, resultado do seu processo de reabilitação no "lugar ruim".
E é através dessa visão, dessa busca das coisas boas que se encontram até mesmo nas coisa ruins, que Pat me conquista, na prática de ser gentil ao invés de ter razão, da busca de forças positivas para não ceder as pressões ruins desse mundo louco, é que Pat me ensina o que para mim é tão difícil aprender sozinha.
Sim, em minha vida toda lembro de ser uma pessoa pessimista de ver o ruim mesmo naquilo que é bom, e esse tipo de comportamento sempre me afundou em tristeza e recriminações, de uns tempos para cá tenho tentando tratar a minha tendência ao negativo.
O Lado Bom da Vida chegou para mim como uma dádiva natalina, me mostrando caminhos a seguir, filosofias em que me fiar para ter coragem de seguir a vida, ou mesmo entender que as coisas que acontecem boas ou ruins não são uma maldição, ao contrário é só a vida com seus altos e baixos e mesmo os baixos são bons porque é com ele que aprendemos afinal.
Assim, O Lado bom da vida foi o lado bom de algumas coisas ruins que aconteceram em 2013, mas agora eu sei que tudo pode acabar bem afinal.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O processo de aceitação de si mesma ou porque eu preciso do feminismo

Na última sexta-feira  a atriz canadense Ellen Page declarou-se homossexual em um discurso belíssimo em uma conferência sobre os direitos LGBT em Las Vegas. Page, que atuou nos filmes Juno, X-Men, entres outros, conseguiu emocionar e defender de forma enfática e bela os direitos da população homossexual e deu um gás e uma força a mais na luta contra a homofobia e pela liberdade.
Eu assisti ao vídeo e particularmente me emocionei muito pelas palavras, pela força e pelo incentivo que Ellen consegue transmitir. Para mim faz muito sentido que uma figura pública tenha a coragem de quebrar a barreira de preconceito e assumir-se, isso faz com que as pessoas de modo geral, tenha um alicerce a mais para se declarar, se assumir, se amar, enquanto gay, lésbica, trans, ou qualquer configuração outra de sexualidade que possa surgir. 
Num dos trechos que mais me fez refletir e me tocou de um modo pessoal, se dá quanto a atriz comenta sobre os padrões de beleza defendidos por Hollywood, aliás, não só por Hollywood mas pela indústria do entretenimento e da moda como um todo.  
Nessa parte Page declara que:  "(..) É estranho alguém como eu falar sobre vocês, é estranho porque eu, uma atriz, represento, em algum sentido, uma indústria que impõe padrões esmagadores sobre nós. Não apenas jovens, mas todos. Padrões de beleza, de bem estar, de sucesso. Padrões que, eu admito, me afetaram." Sim, ela, famosa, estrela de Hollywood, teoricamente bem sucedida, também é afetada por esses padrões de "como deve ser seu corpo para que você se dê bem", que nos atinge constante e diariamente.
E sim, eu, mulher e feminista, devo admitir que levo comigo, ao longo desses 23 anos os preconceitos em relação ao meu próprio corpo. Em que sentido? Bom eu sempre fui gordinha (isso para os padrões da sociedade), sempre tive as pernas grossas, o quadril largo e sempre fui baixinha, características genéticas que herdei da minha mãe, e durante toda a minha fase de criança à adolescência, mais ou menos até os doze anos, eu tinha ódio do meu próprio corpo. Eu tinha que enfrentar as piadinhas da escola, ou os adultos me dizendo que eu tinha que emagrecer, porque gordinhas eram nojentas, não saudáveis, feias e nunca iriam arrumar namorado. E as minhas bonecas, os programas de TV, me diziam a mesma coisa. E eu amava e amo comer, e todas as dietas malucas que fiz ao longo do tempo só me fazia ficar nervosa.
Assim eu internalizei isso, eu tinha vergonha de sair de casa, eu não tinha amigos, e isso só porque eu não me encaixava, e não me encaixo, e acho que uns 90% das mulheres também, nesse padrão criado e imposto a nós mulheres, para nos reprimir, para que percamos tempo em nos odiar.
O fato é que ainda hoje tenho os meu ataques, vez ou outra me pego com raiva de ter uns quilos a mais, de não ser o "padrão" , que de padrão não tem nada, e eu fico com raiva de mim, porque eu defendo que as mulheres se amem da forma como são e no entanto, a minha própria aceitação está sendo constantemente construída. E essa construção eu devo ao fato de ter me tornado feminista.
A partir dos doze anos eu comecei a perceber como o mundo era, e é, cruel com as mulheres, como as nossas forças, os nossos anseios, são limitados por preconceitos, por regras que são impostas a nós. E nessas regras está incluso o fato de que devemos nos odiar, devemos nos odiar por ser magras, gordas, baixas, altas, ou o que for, devemos nos odiar por ter uma vagina, devemos nos odiar e viver a sombra de uma figura masculina porque a nossa capacidade é limitada.
E sim minha gente, apesar de todas as conquistas que nos tivemos ao longo do tempo, o mundo ainda é assim.
Então diariamente eu tenho que fazer um exercício de que sou linda como sou, todos os dias eu tenho que me defender de mim mesma, do pensamento sexista em relação ao meu corpo, que é minha luta diária.
Por isso eu preciso do feminismo, por isso eu gostei da Ellen se assumir enquanto gay, eu gostei do seu discurso que luta contra as formas de preconceito e opressão, porque incentiva aos homossexuais para não ter medo de ser aquilo que se é, porque nos incentiva, a mim enquanto "odiadora" do meu corpo e as outras meninas, mulheres  para que amem, não um padrão oficial de corpo, mas o seu padrão pessoal que lhe faz única no mundo. 


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Testando, um, dois , três

Este é o primeiro post, de várias tentativas, de várias outras que talvez virão ou não.
A minha ideia ao começar esse projeto partiu da necessidade que sinto em me expressar através da escrita.
Ok, não sou nenhuma Clarice Lispector ou algo assim, mas espero que aqui possamos compartilhar nossos gostos, visões de mundo, ideologias, medos, anseios, ódios e amores.
Por isso vou começar me apresentando: Meu nome é Kely, tenho 23 anos, sou uma apaixonada por música, cinema, literatura e tudo que é vintage/retrô, sou feministas, vegetariana e amante de gatos e o objetivo desse blog, além de tudo o que disse antes, é poder trocar informações e dialogar sobre esses, outros e vários assuntos. E eu espero que se divirtam.

Vejo vocês em breve.